Hoje estamos trazendo um post do excelente blog CanadiEM sobre estratificação de risco e prognóstico em casos de pancreatite aguda.
A gravidade e as sequelas da pancreatite aguda variam amplamente, desde epigastralgia moderada com história natural benigna até disfunção múltipla de órgãos necessitando internação em UTI (1). Essa variabilidade impõe um dilema para médicos emergencistas, visto que o diagnóstico não dita claramente o prognóstico. Embora os sistemas de pontuação Ranson, APACHE II e CTSI tenham sido validados para estratificação de risco, essas ferramentas são voltadas para a avaliação do paciente internado com pancreatite após extensa avaliação complementar e não são apropriadas para uso nas emergências (2).
Essa difícil questão levou à criação do BISAP – Bedside Index of Severity in Acute Pancreatitis (Índice de Gravidade na Pancreatite Aguda à Beira do Leito), uma ferramenta simples e ideal para uma estratificação de risco rápida (2, 3). Essa ferramenta se baseia em uma classificação de 5 pontos, derivados de 5 parâmetros coletados dentro das 24 primeiras horas do paciente no hospital. Convenientemente, há um mnemônico em inglês para esses parâmetros.
- Blood Urea Nitrogen ou Uréia Sérica > 25 mg/dL
- Impaired Mental Status ou Estado Mental Alterado
- ≥ 2 critérios de SIRS
- Age ou idade > 60 anos
- Derrame Pleural no raio-X de tórax ou na TC
Nota do Editor: frequentemente, eu tenho dificuldade em diferenciar pancreatite de PANCREATITE. Existem diversos escores para responder a essa pergunta, porém um deles foi muito bem estudado na Emergência. Eu gosto desse resumo porque ele ajuda a lembrar de algumas informações chave a serem consideradas.
Autor: Doran Drew em CanadiEM
Tradutor: Miguel Ricchetti
Revisor: Henrique Puls